Eles foram dos primeiros missionários de A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias que
chegaram a Portugal e juntaram-se em Utah num encontro convívio de homenagem ao
seu líder de missão, Presidente Pinegar.
Aqui partilharam-se velhas histórias e gratas recordações
dos tempos em que eram jovens missionários na mais antiga nação do continente
europeu.

No encontro, não poderia faltar o livro que conta histórias
que fazem a história da Igreja em Portugal, o “Movidos Pela Fé” que aqui vemos
retratado nas mãos de dois antigos missionários, a irmã Fátima Rubino e o irmão
Howard Bangerter.
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Recomendo a leitura desse livro maravilhoso.
Acabei de ler e senti o quanto ele é importante não só para conhecimento mas sobretudo mostra o trabalho missionário de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias em Portugal, do voluntariado Mórmons---- Mãos que Ajudam.
Poetiza brasileira
O LIVRO QUE CONTA 40 ANOS DE HISTÓRIA DA
IGREJA SUD
No Verão de 1973 funcionava em Espanha uma Missão S.U.D. e, a partir daí líderes de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias deslocaram-se a Portugal com a finalidade de indagar junto das autoridades nacionais sobre a viabilidade de aqui abrir uma nova área para a pregação do evangelho restaurado.
A resposta não foi negativa, porém as condições apresentadas
pelas autoridades locais para a sua aceitação foram de tal forma exigentes que
impossibilitavam o reconhecimento da Igreja por parte do governo.
Pouco tempo depois, na Primavera de 1974, a
“Revolução dos Cravos” terminou com o governo ditatorial para dar lugar à
democracia e a Igreja teve então autorização para aqui se implantar, sem que
fosse necessário cumprir com as exigências inicialmente apresentadas pelas
autoridades do Estado Novo.
Meia dúzia de missionários brasileiros e
norte-americanos chegaram então a Portugal e começaram a difundir a sua mensagem.
Neste período novamente se deparam com outras dificuldades, sobretudo motivadas
pelo reflexo da “guerra fria” entre os Estados Unidos e a União Soviética,
aliada ao desconhecimento e desconfiança de vastas camadas da população de tudo
o fosse oriundo das terras do Tio Sam.
Das colónias africanas prestes a tornarem-se
independentes chegaram a Portugal cerca de meio milhão de refugiados, encontrando
os missionários mórmons entre algumas dessas pessoas uma maior aceitação das
doutrinas da Igreja.
Rapidamente a acção dos missionários que
serviam em terras lusas espalhou-se por todo o território nacional. A Igreja em
Portugal implantou-se de Norte a Sul e nas Regiões Autónomas dos Açores e
Madeira, ajudando ainda à implantação no território de Cabo Verde, uma
ex-colónia portuguesa entretanto tornada independente.
MOVIDOS PELA FÉ contém um conjunto de relatos vivenciados
por diversos pioneiros portugueses a par de vasta informação histórica e descrições
de atividades de serviço desenvolvidas ao longo das quatro décadas de existência
de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, na mais antiga nação
europeia, Portugal.
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Notícia publicada na página informativa ROSTOS
http://www.rostos.pt/inicio2.asp?cronica=25000004&mostra=2
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Texto de apresentação do livro
Cristina Paulino
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Desafio todos a adquirirem e lerem o novo trabalho literário escrito pelo nosso irmão escritor Rui Canas Gaspar.
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Texto de apresentação do livro
Cristina Paulino
Antes de mais gostaría de agradecer publicamente este
convite e desafio que me foi apresentado
pelo próprio autor da obra que hoje aqui se apresenta. Espero estar à altura
desse mesmo convite.
Foi com muito agrado que li este livro “Movidos pela Fé”, que
me parece ter como principal objectivo dar a conhecer a história da implantação
e enraizamento d’ A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias no nosso
país, percurso esse que conta já com 40 anos.
Mas antes de falar do livro propriamente dito, quero dirigir
estas minhas primeiras palavras ao seu autor. Diz-nos o Rui Gaspar que “(…) um povo que não preserva a sua história
é um povo condenado a não ter memória. Assim sendo, um povo que não sabe de
onde vem , dificilmente saberá para onde quererá ir.” Pessoalmente partilho
desta mesma opinião. Para compreendermos o presente é essencial conhecermos o
passado, e com ambos, passado e presente, poderemos então ambicionar a
construção do futuro. Acredito que isto seja verdade nas esferas pessoal e colectiva. Portanto, há que
felicitar quem se dedica a dar a conhecer o legado daqueles que nos precederam
e nos proporcionaram ser aquilo que hoje
somos. Embrenharmo-nos no desconhecido é sempre uma aventura fantástica, não
importa se falamos em termos de futuro ou passado. Tal como acontece com o
futuro, também o passado nos reserva belíssimas descobertas, novas experiências
e emoções e também ele nos pode abrir novos caminhos e horizontes.
Portanto,
todos os achadores e descobridores merecem o nosso sincero reconhecimento
público, por nos darem a conhecer o que até então era desconhecido e por
moverem a nossa linha do horizonte cada vez para mais e mais longe. Parabéns ao
Rui Gaspar por fazer parte deste grupo de curiosos e visionários que,
felizmente para todos nós, não se contentam apenas com o conhecimento já
adquirido mas que querem aprender sempre
mais e mais e, muito importante também, dar a conhecer e compartilhar esse
conhecimento. Tal como ele próprio nos diz “(…)
foi sobretudo a pensar nos jovens santos dos últimos dias que escrevi este
livro, para que a memória dos mais velhos seja preservada. Um livro que terei
muito gosto”, diz-nos ele, “ seja
lido por todos os outros que não sendo da nossa fé desejem conhecer um pouco
mais sobre o nosso percurso e a nossa ação.”
E se o epíteto de achador ou descobridor só se pode aplicar a
alguns, também a arte da escrita só por alguns é dominada. Mas o Rui também faz
parte deste grupo restrito dos escritores e dos contadores da história e de
histórias. E tal como os bons contadores
da história e de histórias, é através duma linguagem simples, directa e
envolvente que o Rui nos conta a história d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias em Portugal, nunca se esquecendo porém do seu devido
enquadramento na história recente do nosso país.
Pessoalmente tornei-me membro d’ A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias em Julho de 1983, portanto, sensivelmente, nove anos
depois da entrada dos primeiros missionários mórmons em Portugal. Mas apesar de
já ser membro da Igreja há bastantes anos e ter pessoalmente vivenciado muitos
dos episódios relatados neste livro, muitos foram os acontecimentos aí
mencionados que eu desconhecia. E dentro do conjunto de acontecimentos já por
mim conhecidos, o Rui complementou-os com novos e desconhecidos pormenores
conferindo-lhes assim uma nova dimensão.
Das histórias que nos são aqui contadas, podería destacar
muitas que me surpreenderam como é o caso da primeira casa dos missionários em
Lisboa que tinha anteriormente sido habitada por agentes da CIA que tendo sido
obrigados a sair do país à pressa aí se esqueceram do aparelho de telex. O
aparelho foi descoberto pelos missionários na noite de passagem de ano devido
ao ruído que emitia enquanto imprimia a mensagem “Happy New Year from CIA”. Contudo,
não terá sido esta inusitada descoberta que terá levado a que os missionários
fossem considerados muitas vezes como agentes da CIA, mas sim o clima de guerra
fria que se vivia na altura.
Relatos há absolutamente enternecedores como aqueles que
retratam a forma como as primeiras reuniões oficiais da Igreja foram realizadas: primeiro no
Estoril em casa de um diplomata canadiano membro da Igreja e algum tempo depois
no Porto, numa garagem.
Ou a história do António Sousa, fotógrafo, que veria a sua
vida como membro da Igreja ser iniciada após a realização de um trabalho
fotográfico encomendado por uma agência imobiliária para fotografar a casa da
missão. De facto, a sua vida mudaria para sempre no instante em que o jovem
missionário a quem entregou a fotos produzidas lhe perguntou se já tinha ouvido
falar d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Actualmente já
são três as gerações daquela familia a fazerem parte da Igreja.
As histórias de coragem são uma constante no livro. Para
começar, dos próprios missionários que vinham do Brasil e dos Estados Unidos
para um país que lhes era totalmente desconhecido.
Depois, seriam também os recém conversos a protagonizar esses
relatos de coragem. De facto, não deveria ser fácil assumir uma crença
religiosa distinta da então comum em Portugal e desconhecida para a esmagadora
maioria da população. Como explicar e justificar aos familiares e amigos essa
opção tomada? Muitas vezes a oposição tomaria contornos dramáticos como quando
a professora Maria Vieira, um dos membros pioneiros da ilha da Madeira, foi
despedida do colégio onde ensinava e viu ser-lhe aberto um inquérito pela
Secretaria Regional de Educação, simplesmente pelo facto de se ter filiado à
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Contudo, tal como todas as
experiências e histórias de fé em Jesus Cristo, também esta teve um final feliz.
O já inquestionável enraizamento da Igreja de Jesus Cristo em
Portugal foi sendo construído através de exemplos de fé como este da Maria
Vieira que veria anos mais tarde os seus próprios filhos partirem para uma
missão de dois anos. Ou seja, o enraizamento da Igreja não é mais do que o
resultado do enraizamento dos valores e príncipios do evangelho nas vidas
pessoais de cada um destes pioneiros. Tal como o Rui tão bem nos explica no seu
livro, e passo a citar “A vida de Maria
Vieira, tal como a vida de muitas outras Marias, com percursos igualmente
dificeis, são um exemplo de pioneirismo, onde a coragem, o espírito de
sacríficio, a tenacidade e sobretudo a fé, originaram que muitos dos seus
irmãos em Cristo pudessem hoje desfrutar dos efeitos benéficos do Evangelho
restaurado.”
Hoje a Igreja encontra-se espalhada por várias cidades e
povoações da Madeira. No Funchal os membros dispõem de uma lindíssima capela
construída numa das artérias principais da cidade, com vista para o oceano,
mesmo em frente ao recém renovado Hotel Royal Savoy. Mas ainda bem, que o Rui
nos presenteou a todos com este livro pois deste modo as gerações actuais ficam
a saber que o percurso dos pioneiros madeirensenses, assim como da grande
maioria de todos os outros, não envolveu apenas alegrias mas também algum
sofrimento e lágrimas. Mas não é exactamente deste dualismo entre alegria e tristeza
que a vida é construída? E a história, incluindo a nossa história individual e
como comunidade religiosa não é senão Vida. Quando as pessoas são movidas e agem
de acordo com a sua fé em Jesus Cristo as consequências futuras resultam sempre
em olhar para o passado com um grande sorriso nos lábios.
Mas os jovens nunca sabem disso, a menos que haja alguém que
lhes conte a história dos que os antecederam. Hoje, talvez só muito
esporádicamente é que os missionários serão confundidos com agentes da CIA, mas
outros preconceitos acerca da Igreja têm perdurado. Muitas vezes os membros da
Igreja ainda são vistos como pessoas que vivem principios estranhos ou fora de
moda. Infelizmente que informação não é sinónimo de conhecimento. E portanto,
nesta era digital onde vivemos cercados de tanta informação todos nós podemos
beneficiar do conhecimento do passado. Talvez possamos vir a ser, directa ou
indirectamente, vítimas de perseguição religiosa mas por causa do Rui podemos
aprender que antes de nós houve outros, tal como a Maria Vieira, que souberam
ultrapassar essas dificuldades. Penso que este livro do Rui ajudará a
desmistificar muitos dos preconceitos que ainda persistem acerca dos membros da
Igreja. Ele mostra como a Igreja é constituída de pessoas vulgares ou normais
e, consequentemente, imperfeitas, mas
empenhadas em se tornarem melhores seres humanos através da aprendizagem e
vivência diária dos príncipios e valores universais do Evangelho de Jesus
Cristo.
Haverá, não só entre os pioneiros da Igreja em Portugal mas
entre todos os membros, muitas histórias de conversão, sacrifício, coragem,
persistência e fé que mereceriam ser aqui contadas.
Ao longo dos anos fui ouvindo sobre experiências e
testemunhos relatados na primeira pessoa que me inspiraram a permanecer activa
na Igreja. São histórias pessoais maravilhosas, por vezes sofridas, mas todas
com um final feliz. E quem é que não gosta dum final feliz? Lembro-me duma
história de dois jovens missionários que ao baterem a uma porta foram
surpreendidos com uma arma que lhes era apontada e com uma promessa de disparo
caso não saissem rapidamente do prédio. Ou do irmão que sob um tiroteio que
durou vários dias durante a guerra civil de Angola, prometeu a Deus que O
serviria o resto da sua vida caso ele e a sua família saissem ilesos daquele
país. Esse homem cumpriu essa promessa pregando durante dois anos como
missionário da Igreja e mais tarde como Bispo, cargo que continua a ocupar.
Há quem diga que ninguém com quem nos cruzamos na vida nos é
indiferente mas que todas as pessoas deixam em nós uma marca pessoal, mesmo que
indelével, seja para o bem ou para o mal. Pois bem, as pessoas de quem o Rui
nos fala neste livro, apesar de na sua maioria eu só as ter conhecido agora,
deixaram em mim uma marca … do bem, da coragem, da tenacidade e, sobretudo, da
fé. Acredito que o mesmo irá acontecer a todos os que lerem este livro.
Tenho a certeza que de entre todo o material pesquisado e
testemunhos recolhidos pelo Rui durante o seu trabalho de pesquisa muito ficou
ainda por contar, porque um livro tem o seu limite físico. Por isso mesmo, aqui
fica o desafio para num próximo livro nos contar essas experiências e histórias
reais de modo a que o tempo não as apague da nossa memória e possam assim ser
preservadas e continuar a deixar a marca indelével do bem nas gerações futuras.
Já aqui falei nas aptidões do Rui Gaspar como desbravador de
novos territórios e como escritor. Há contudo mais uma aptidão que gostaria de
destacar: a sua capacidade em mobilizar os outros para as boas causas e a sua
capacidade de organização. Falo destas duas características do Rui porque elas
ajudam a explicar o sucesso do programa Mãos que Ajudam em Portugal. Normalmente
a generalidade das pessoas desconhece o papel que a Igreja tem tido mundialmente
no combate à pobreza, fome e no apoio às vítimas de catástrofes naturais e de
guerra. Sempre que necessário, os membros da Igreja rapidamente se mobilizam
não só para apoiar e ajudar os menos favorecidos e vítimas de catástrofes mas
também para promover ou apoiar iniciativas comunitárias no local onde residem.
Em Portugal, essa vertente de apoio comunitário ganhou uma
maior visibilidade através do programa Mãos que Ajudam. Desde o inicio do
programa em Portugal que o Rui se afirmou como um dos seus principais
dinamizadores. De facto, creio que o programa não teria tido o impacto que teve,
não só no distrito de Setúbal bem como em todo o país, sem a visão dinamizadora
do Rui Gaspar. Portanto, ele é a pessoa mais bem posicionada para nos falar
sobre as várias iniciativas do programa Mãos que Ajudam levadas a cabo, até
hoje, no nosso país.
As actividades Mãos que Ajudam têm ajudado a mostrar que os
membros da Igreja não são mais do que pessoas “normais” que se preocupam com a
comunidade em que vivem e que desejam contribuir com os seu trabalho, esforço e
dedicação para o bem-estar da sociedade em geral. Há quem defenda que a
necessidade em contribuir para a construção de um bem comum não é mais do que
uma necessidade inerente a cada ser humano. Os membros da Igreja têm claramente
demonstrado através das iniciativas do programa Mãos que Ajudam que são uma
força de voluntariado com que a sociedade pode sempre contar. No seu livro, o
Rui conta-nos sobre muitas das iniciativas já realizadas em Portugal e cujo
sucesso levou a que esse programa de voluntariado fosse estendido a toda a
Europa.
A pesquisa, quer seja do passado ou do futuro, implica muita
paciência e persistência, mas também muita dedicação emocional e temporal. Por
isso, apesar de não conseguir objectivamente quantificar e qualifica-las, sei
que com certeza foram muitas as horas dispendidas e dedicadas a este projecto.
Obrigada Rui Gaspar por querer conhecer mais sobre a história da Igreja e,
sobretudo, por ter desejado compartilhar e mostrar-nos estes “territórios” até
então desconhecidos. E antes de terminar não poderia deixar de lhe pedir que
continue, continue a escrever e a conduzir a nossa linha do horizonte para mais
além. Até ao próximo livro!
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Desafio todos a adquirirem e lerem o novo trabalho literário escrito pelo nosso irmão escritor Rui Canas Gaspar.
O livro intitula-se "Movidos Pela Fé" e
descreve como A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias surgiu em
Portugal e seu crescimento até aos dias de hoje.
Excelente trabalho irmão Rui Canas Gaspar! É uma
bênção em minha vida ter alguém que com a sua dedicação, força, resistência,
fé, obediência às leis do Senhor Deus se move na execução deste tipo de
tarefas.
O irmão Rui Gaspar é para mim um exemplo de como se
deve ser um Santos do Últimos Dias, activo e prestativo.
Este irmão têm todo o meu apoio no desenvolvimento
deste seu trabalho único, não só como irmão e amigo mas sim também como líder
de uma das unidades que formam a Estaca de Setúbal de A Igreja de Jesus Cristo
dos Últimos Dias, em Portugal. Um Enorme Bem Aja, irmão Rui Canas Gaspar!
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