Livro: MISTÉRIOS DA ARRÁBIDA

A Patrulha Falcão decide fazer mais uma atividade de Verão e desta vez opta por acampar no CEADA o Parque de Escutismo sedeado na zona do Vale dos Picheleiros, em pleno coração da Arrábida. A partir daí vai fazer várias incursões para diferentes áreas com o objetivo de melhor poder conhecer parte daquele Parque Natural.

No ARRÁBIDA DESCONHECIDA a Patrulha tinha ficado familiarizada com a zona nascente do P.N.A. Nesta sua nova aventura os jovens aprendem mais sobre a parte menos conhecida, localizada para poente.

No MISTÉRIOS DA ARRÁBIDA vamos ficar a conhecer locais factos e lendas pouco divulgadas mesmo entre aqueles amantes da serra-mãe. Desde a observação daquele que poderá ser considerado como o berço do P.N.A. até à enorme, maravilhosa e praticamente desconhecida Gruta do Frade, passando por relatos sobre a observação de OVNIS e não esquecendo uma pormenorizada descrição sobre a vida do "Chico das Saias" o último eremita da Arrábida.

Um livro diferente para quem gosta de aventura e de conhecer mais sobre algumas das muitas interessantes, misteriosas  e desconhecidas vertentes desta maravilhosa Arrábida. 

Edição protótipo Dezembro 2012 (esgotada)

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A edição definitiva está prevista ser editada na Primavera de 2016, revista e aumentada, apresentando-se agora com nova capa da autoria do artista setubalense Alberto Jorge Pereira que desenvolveu uma dezena de maquetes, tendo sido escolhida a seguinte em 27 de janeiro de 2016.





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A prata da casa vale ouro!

Rui Canas Gaspar lança novo livro sobre a Serra da Arrábida.

O escritor setubalense reúne neste livro toda a informação e mais alguma sobre a sua eterna musa inspiradora. Episódios da história de Portugal, lendas, mitos, e muitas curiosidades para (re)descobrir.

O lançamento dos "Mistérios da Arrábida" está marcado para dia 2 de Julho, às 18 horas, a bordo do Barco Évora que vai estar acostado junto à doca dos pescadores.

Parabéns Rui, pelo valioso contributo para a cultura da cidade!
Helena Galvão



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Notícia publicada pelo jornal O SETUBALENSE 
em 1 de junho de 2016



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Para quem não teve oportunidade de escutar a apresentação do livro a cargo da Dra. Paula Borrego aqui está o texto




“MISTÉRIOS DA ARRÁBIDA” – 2 Julho 2016

Antes de mais gostaria de fazê-los bem-vindos nesta tranquila e serena tarde de sábado, embalados pela meiga ondulação das águas sadinas.

Aproveito para apresentar os meus cumprimentos a quem ainda não tive oportunidade de o fazer pessoalmente e agradecer a todos a vossa presença, o vosso tempo e sobretudo a vossa amizade.

Quero também agradecer ao Rui Canas a gentileza em me ter convidado  mais uma vez, para apresentar ou dar a conhecer mais uma obra sua, desta vez reconduzindo-nos pelos trilhos da Arrábida, desbravando os mistérios os mitos, as lendas e as histórias.

Ao pensar como poderia partilhar convosco o conteúdo deste livro a fim de ser capaz espicaçar a vossa curiosidade para a sua  descoberta, como poderia  eu dar-vos a provar apenas delicadas gotas dos “Mistérios da Arrábida”, como poderia eu aguçar-vos o apetite para desfrutarem o banquete da leitura deste novo livro. Uma coisa eu sei que é de digestão fácil e agradável ao paladar pensante, com pitadas de boas  emoções que nos fazem querer mais, sentir mais, saber mais e ler mais.

Dai que pensei alterar a forma habitualmente oral, sem papel escrito optando normalmente por deixar as palavras correrem ao sabor da corrente, as emoções ondularem ao som do vosso sentir, por desta vez fazer uma apresentação escrita e lida, não fossem as palavras faltarem-me ou a repetição ocorrer e fatigar-vos. E se assim pensei, assim o fiz!

Pois, partilhar convosco o que escrevi é dar-vos a conhecer o sabor dos momentos saboreados com a leitura dos Mistérios da Arrábida, uma vez que e à medida que ia lendo ia fazendo pequenos apontamentos,  escrevendo subtis pensamentos que saltavam como crianças irrequietas, doces sentimentos que espreitam e que se impõem e dai resultou esta apresentação.

Espero que seja um pouco do vosso agrado e que sobretudo faça “ius” aos Mistérios  da Arrábida.

Ora, falar de um livro é também falar do seu Autor, quem lê um livro passa a conhecer um pouco melhor quem o escreveu. Por isso através dos diálogos da patrulha Falcão- os escuteiros- encontramos o Rui Canas, ele próprio um escuteiro a reviver as aventuras da infância e da adolescência, sentimos vibrar o rapaz traquina e impulsionador sempre pronto para a brincadeira e para a coisa séria quando assim tem que ser, que ainda traz em si, revestido agora apenas com traços corporais mais acentuados e salientes e um couro cabeludo menos farto.

De curiosidade sempre aguçada o que o motiva para  a busca e para a procura dos porquês, de bom humor e sorriso fácil,  de trato gentil e agradável, o gosto pela conversa e pelas relações humanas levam-no ao coração do povo e ás histórias que ninguém ouve ou sabe.

O amor pela sua cidade e pelas suas gentes motivam-no a ir às raízes nutrindo-as com a promessa do não esquecimento, com a imortalização dos seus costumes e tradições. Um dia, li uma frase solta de um escritor brasileiro Monteiro Lobato que disse: “Um país faz-se de homens e livros.” Hoje temos um livro escrito por um homem que ama o seu país.

Chega de falar do Rui Canas até porque dispensa mais apresentações  e afinal ele sabe que estamos aqui não só porque gostamos dele e de sua esposa, Ana Gaspar- que não pode ser esquecida, até porque sempre faz bem recordar a frase de Jordan Cesar “ ao lado de um grande homem, está sempre uma grande mulher…” mas porque afinal ele até sabe que  escreve uma coisas giras e interessantes, que nos fazem bem ler e por isso  vamos deixá-lo falar através dos Mistérios da Arrábida.

Na verdade, os Mistérios da Arrábida é como que retomar a linha de seda do palpitar dos escuteiros e da Serra Mãe, é mais uma oportunidade onde a lenda se entrelaça com a realidade e o mito com a história, as memórias com o presente e o futuro com o passado. Mistérios da Arrábida é um guia mais que um livro, é uma história das histórias de um momento e lugar.

Citando um autor também, que me perdoe o esquecimento do nome, que disse que “uma história são pessoas num lugar, por um tempo.” Hoje estamos a viver e a fazer história, e quando lermos o livro dos Mistérios da Arrábida, teremos , pois mais histórias para contar, pois este livro é uma história com histórias.

Seria imperdoável da minha parte não referir já e neste lugar, uma justa consideração ao escuteiro – Alberto Jorge Pereira- que não sei se está presente pois não tive ainda o gosto de o conhecer pessoalmente, pela elegante e bonito traje com que vestiu o livro Mistérios da Arrábida. Como se sabe a capa de um livro é o corpo, é a imagem que salta á vista, que desperta ou não a curiosidade, que chama a atenção do leitor, na verdade ou procuramos um tema que nos interessa ler, estudar, conhecer ou compramos um livro de um determinado  Autor porque gostamos dele, ou senão a capa é um elemento apelativo. E esta capa está absolutamente fantástica, os meus parabéns.

Mas afinal o que se diz em Mistérios de Arrábida que me motivou a ler e a estar aqui a falar dele?

Já fui deixando algumas sementes acerca do seu conteúdo, mas agora vamos pois um pouco mais fundo, vamos mergulhar nas águas não do Sado, o que certamente seria agradável, mas nos diálogos e narrativas dos Mistérios da Arrábida.

Continuamos a seguir as aventuras dos SETE famosos escuteiros da patrulha Falcão, desta vez cito…”No  espaço que lhes estava reservado na sua sede, o seu canto de patrulha, os sete jovens encontravam-se já sentados depois de terem respondido ao grito lançado pelo seu guia: Falcões, sempre….” A que todos responderam entusiástica e unanimemente: Mais alto. Este era o lema porque norteavam a sua ação, o de fazer sempre mais e melhor.”

E é assim que começa o livro.   E vemos logo o Rui em ação, procurando fazer sempre mais e melhor e voando cada vez mais alto, até porque a visão do topo da serra é sempre mais bela e fascinante.

E a partir daqui entramos nas reuniões da patrulha, ouvimos as suas conversas, bisbilhotamos as suas combinações e caminhamos lado a lado nas suas incursões pelos trilhos da Arrábida, descemos às grutas, ouvimos lendas que  cruzam ficção com realidade, bebemos com os escuteiros cacau quentinho  e chá de alecrim, levantamo-nos cedo com a patrulha e refrescamos a memória nas águas das fontes Zacarias, Paciência  e cascata do Alcube, inspiramos o ar perfumado pelo elixir da vasta, exótica e singular flora, invadimos a Fenda da Arrábida, escalamos a serra da cela, observamos o monte Abraão e unimos a nossa voz ao Pavão Sentado, que lendo os nossos pensamentos, pergunta, porque misteriosa razão alguém teria ido colocar aquelas três cruzes num ponto tão alto quase inacessível ?

E eis que Gaivota do Sado respondeu prontamente relatando a sucessão de factos que vos convido a ler no capitulo  “os cruzeiros do Monte Abraão”.

Em seguida, vemos o que já não está , mas esteve e diz-nos assim  o MESTRE ,

- Caros Amigos! Antes de entrarmos na capela d’El Carmen para podermos conhecer melhor este local ….vou contar-vos a interessante e curiosa lenda da Nossa Senhora da Pinha, cuja imagem, venerada pelo povo, se encontrava aqui, até ser sido lamentavelmente furtada no ano 1974.

E a lenda é extraordinária, cheia de misticismo e humor, quem se lembraria de usar uma pinha para afastar os maus intentos de um homem, ainda por cima uma entidade supostamente divina, mas convido-vos a ler  mais uma vez esta lenda!

Mas o fantástico não termina por ai, Arrábida é de facto uma serra cheia de misticismo e mistério, ocultando segredos e enigmas, diz-se que foi palco de observação de OVNIS e de inexplicáveis acontecimentos, fonte de fenómenos naturais e geológicos que desafiam a ciência, experimentem a debruçarem-se na “Marmita do Gigante” e continuem a caminhada agora até SESIMBRA, e eis o Zimbra, afinal quem sabe quem é o ZIMBRA, o herói romântico, e  porque SE Zimbra quiser… tudo se faz, espreitem esta Lenda fantástica sobre o nome desta linda povoação.

Enfim, ficaríamos aqui durante toda esta magnifica tarde recordando as histórias  tecidas nas paginas do livro “Mistérios da Arrábida”, e depois o que ficaria para lerem e relerem durante os restantes dias, mas não fiquem tristes porque ,

vou revelar-vos um segredo, ainda existe uma mapa antigo da Arrábida, que foi entregue à patrulha Falcão, que será que os sete  farão com aquele Mapa ?

Os sete rapazes escuteiros ficaram  de olhos arregalados e nós arregalados vamos ficar  com a leitura do Mistérios da Arrábida e decerto com as novas aventuras que se seguirão.

E termino com um agradecimento especial ao Rui pela coragem que ele teve de um dia pegar na caneta e escrever, ou nas teclas e teclar as coisas que tão bem escreve, transportando-nos até às origens, fazendo-nos recordar e até chorar, provocando-nos o sorriso e o riso, desafiando a nossa curiosidade, divulgando e ensinando! Bem haja!     

E com uma frase de um escritor que admiro e cito com frequência : Fernando Pessoa

Eu sei que não sou nada e que talvez nunca tenha tudo. Aparte isso, eu tenho em mim todos os sonhos do mundo.”

Que este livro vos faça sonhar como me fez a mim, a fim de me fazer despertar e  desejar pegar na sacola, descalçar os saltos altos e calçar as sapatilhas e percorrer os trilhos da Arrábida, e ver agora com um novo olhar a Serra que abraça a nossa cidade  e isto devo ao Rui Canas Gaspar e aos Mistérios da Arrábida!

            Obrigada pela vossa atenção.


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Entrevista publicada na edição de julho de 2016 na SETÚBAL REVISTA a propósito do livro "Mistérios da Arrábida"

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MISTÉRIOS DA ARRÁBIDA

Um livro espectacular que me fez lembrar todas as belas imagens da minha infância, a festa da Arrábida com a minha família.

Livro muito bem escrito. 

Bravo, todas as minhas felicitações.

Muito obrigada Rui. 

Até ao próximo livro.

Maria Amélia Estrela Passos

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